sábado, 3 de abril de 2021

Resenha do Documentário: Antes da Ira, O casamento galileu

Documentário: ANTES DA IRA

Direção: Bret Miller

Resenha: Thaís Akell Dias

 

Pesquisadores do Oriente Médio redescobriram evidências antropológicas da época de Cristo que revelam exatamente como e por que o arrebatamento deve acontecer. Trazendo uma nova visão bíblica que vai reacender a esperança dos servos de Deus e prepará-los para o que está por vir.

Os galileus foram os primeiros a testemunhar os milagres de Jesus. Jesus não era apenas judeu,  Ele era Galileu. Seus discípulos também eram galileus.

2/3 dos evangelhos aconteceu numa pequena faixa de terra junto ao mar da Galileia. A maioria dos judeus não moravam ali, precisamos então  considerar a cultura dos que ali a habitavam.

E o casamento era o evento mais importante.

Israel antigo compartilhava a mesma cultura. Mas os galileus desenvolveram costumes singulares, apenas para eles.

Jesus usava parábolas e a cultura para se comunicar, para que eles entendessem.

Os discípulos desejavam saber dos planos de Deus e Jesus revelou com detalhes.

Para entender a profundidade  que Jesus pode ter revelado aos galileus, em relação a como e por que Ele retornará nos últimos dias, tem que se entender a cultura galileia dos que O ouviam. Ver o Messias através de seus olhos, como eles O enxergavam.

 

O CASAMENTO GALILEU

Noivado:

O noivado acontecia na cidade,  era um grande evento. Todos se juntavam ao redor para testemunhar. Tudo acontecia no portão da cidade, pois lá estavam os anciãos, e eles ratificavam os acordos legais.

Uma proposta era escrita e  apresentada, o pacto de casamento.

A pretendida poderia aceitar ou não. Depois de aceito os termos do casamento trocavam presentes. E o mais extravagante era para a noiva. Entregava-se um cântaro de vinho ao noivo, que o  despejava em um copo (Copo da alegria) e com as duas mãos ele entregava à sua pretendida.

A noiva tinha a palavra final e a escolha: Aceitar ou rejeitar. Se ela rejeitasse, deveria empurrar o copo. Se ela aceitasse o copo (O pacto/aliança), beberia do vinho. O noivo bebia também, solidificando o pacto e dizia: Você está consagrada a mim pelas leis de Moisés e eu não vou beber deste copo de novo, até beber com você na casa do meu pai.

Na cultura árabe, beber do mesmo copo significa: O que está em você, está em mim. Não somos mais dois, e sim, um.

Dali, os noivos se separavam por um período de tempo,  aproximadamente um ano.

Os preparativos para a festa começavam. O noivo deixava a noiva até o dia do casamento. A tarefa do noivo era de se responsabilizar pelos preparativos para o dia em que se reuniria com sua noiva. Então comprava os materiais para a construção de um novo quarto na casa do seu pai (as reformas aconteciam lá, pois morariam na casa do pai do noivo). Ele também fabricava os  móveis, negociava os itens para o casamento  (comida, vinho, tapetes), cada detalhe para a festa.

Tarefa da noiva:

Se preparar para quando o noivo chegasse para buscá-la. Ela saía para comprar o tecido do vestido e acessórios. (No século I, poderia levar meses para se ter todos os itens necessários para o vestido e os adornos).

 A noiva precisava permanecer pura e vigilante,  à espera de seu noivo, não importando o tempo que levasse. Ela tinha que estar sempre pronta. Para que o noivo a levasse para o lugar que lhe tinha preparado. Que havia prometido.

Ela não ficava sentada esperando, se ocupava até que chegasse a hora.

O Pai:

Descobriu-se que nem o noivo e nem a noiva sabiam qual seria o dia ou a hora. Sabiam apenas qual o tempo.

Somente uma pessoa sabia com exatidão quando iria acontecer, o pai do noivo. Ele fazia o pagamento ele fazia o acordo e guardava o segredo de quando o filho poderia recuperar a sua noiva.

Ele determinava o dia e a hora. Era um casamento surpresa.

O noivo só poderia buscar a noiva, após a ordem de seu pai.

A noiva precisava ter óleo em sua lâmpada. Ela deveria estar sempre acesa para quando o noivo chegasse (num momento escuro).

Um horário provável seria no meio da noite, por volta da meia-noite. A noiva dormia vestida de noiva. Pronta para quando a hora chegasse.

Todos os convidados também se aprontavam de acordo com o tempo que se aproximava e somente os interessados no casamento ficavam prontos.

Então o noivo terminava todo o seu trabalho e dizia o seu pai: Pai terminei. Estou pronto para buscar a minha noiva.  

O pai inspecionava o quarto e a festa, se havia mantimento para muitos dias.

O noivo então, pede ao pai sua noiva. Ele ficava ansioso para estar junto dela. O pai o deixava aguardando até que lhe dissesse quando.

Em uma determinada noite, quando todos estavam dormindo, o pai chamava o noivo e o acordava: Filho, chegou a hora, vá buscar a sua noiva!

O noivo alegre e entusiasmado tocava o Shofar pelas ruas.

Os convidados que estavam atentos ao tempo, sabiam que poderia acontecer a qualquer momento . Seguiam o noivo até a casa da noiva.

A noiva ouvia o som do noivo, seu  clamor. Levantava-se pronta para recebê-lo.

Os carregadores abaixavam a liteira em frente a casa da noiva. Ela sentava-se e era levantada no ar, suspensa (Os galileus se referiam a este momento como: Voar a noiva à casa do pai. Transportar a noiva para a casa do pai. Ou seja, arrebatá-la).

Ao chegar à casa do pai começa a festa com todos que estavam preparados. E ouviram o chamado noivo na escuridão.

Quando chegavam a casa do pai, todos se amontoavam pela casa, pelo quintal e a porta era fechada. Ninguém saía ou entrava durante os 7 dias e 7 noites quem ficasse do lado de fora não poderia mais entrar.

O primeiro milagre de Jesus foi num casamento Galileu. (O vinho acabou provavelmente porque o pai do noivo demorou um pouco mais para dar ordem ao seu filho de ir buscar a sua noiva. Não planejou da forma que deveria, afinal, era uma festa de sete dias – observação minha).

Na parábola das 10 Virgens. Era a noite. E todas deveriam estar prontas. Inclusive com azeite. Todas eram religiosas, estavam prontas, estavam vestidas, tinham lâmpada e até óleo, só que nem todas tinham o suficiente.

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos. Perguntou aos crentes quando o Senhor retornará.

36% Acreditam que acontecerá na pré-tribulação.

4% durante a tribulação.

18% no final da tribulação.

13% consideram outras variações  e teorias do tempo.

4% não tem certeza de nada disso

E 25% não acredita mais no arrebatamento literal.

Não devemos nos preocupar com a data em si, mas a preparação para este dia. Estarmos atentos ao tempo.

A casa do pai em um casamento galileu é a imagem perfeita do céu. Noivo e noiva juntos como um casal casado. Unidos para sempre, morando na casa do Pai.

Antes da crucificação Jesus disse que também teria que deixá-los: “Eu vou preparar um lugar.”

O noivo prepara pessoalmente o lugar. A morada para a sua noiva. Para depois buscá-la, para que onde ele está ela também esteja. Jesus tem que voltar, é obrigatório.

Quando aceitamos o vinho na Santa ceia (O copo da alegria), estamos declarando como Noiva: Sim! Eu aceito.

 

O vinho que o Noivo só beberá novamente quando estiver com sua noiva na casa do Pai:

“Então Jesus pegou o cálice de vinho, deu graças a Deus e disse:  — Peguem isto e repartam entre vocês.  Pois eu afirmo a vocês que nunca mais beberei deste vinho até que chegue o Reino de Deus.”

Lucas 22:17-18 NTLH

Ele constrói moradas na casa do Pai:

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.

Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.

E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”

Jo. 14:1-3

 

O Pai vai dizer a hora:

"Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai.” MT.24:36

 

Casamento surpresa:

“Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo.  Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes.  As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo;  no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas.  E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram.  Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!  Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas.  E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando.  Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o.  E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta.  Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta!  Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço.  Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.

Mateus 25:1-13 ARA

 

Os sinais do tempo:

“E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?

E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane;

Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.

E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.

Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.

Mas todas estas coisas são o princípio de dores.

Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.

Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão.

E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.

E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.

Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.

E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.

Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda;

Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes;

E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa;

E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes.

Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!

E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado;

Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.

E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.

Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito;

Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.

Eis que eu vo-lo tenho predito.

Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis.

Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.

Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.

E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.

Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.

Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.

Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.”

Mt. 24: 3-33


O documentário é muito mais amplo e enriquecedor. Recomendo a todos que assistam.

 

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